segunda-feira, 26 de julho de 2010

Thats realy works!


Funciona!
Pra quem gosta de alho pode comer a vontade sem se preocupar com o mal hálito...

O segredo é você comer qualquer fruta de cor verde em seguida!
(kiwi, uvas verdes ...)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

LUIZ FELIPE PONDÉ (Folha de SP – 12.07.2010) 100%

Atenção, pecadores e viciados em sexo, comida, bebida, dinheiro e poder: vocês estão ultrapassados. Há uma nova ganância no ar: a mania de qualidade de vida e saúde total. Esta ganância é o que o jornal “Le Monde Diplomatique” já chamava de “la grande santé” (“a grande saúde”) nos anos 90. A mania de ter a saúde como fim último da vida.

Acho isso antes de tudo brega, mas há consequências mais sérias que um simples juízo estético para esta nova forma de ganância. Consequências morais, políticas e jurídicas: o controle científico da vida.

Agora esses fanáticos estão a ponto de demonizar o açúcar, a gordura e o sódio. Querem fotos de gente morrendo de diabetes no saco de açúcar ou de ataque cardíaco nas churrascarias. O clero fascista da saúde não para de botar para fora sua alma azeda.

Mas, como assim, ganância? Sim, esta ganância significa o seguinte: quero tirar do meu corpo o máximo que ele pode me dar. Inevitavelmente fico com cara de monstro narcisista quando dedico minha vida à saúde total. Sempre sinto um certo ar de ridículo nesses pais que obrigam seus filhos a comer apenas rúcula com pepinos e cenoura desde a infância.

Suspeito que os “purinhos”, no fundo, se deliciam quando veem fumantes morrerem de câncer ou carnívoros morrerem do coração. Sentem-se protegidos da morte porque vivem como “pombinhos da saúde”. São medrosos. A vida é desperdício, e ganancioso não gosta disso.

No caso da morte, probabilidade é como gravidade: 100% de certeza. Logo, a luta contra a morte é uma batalha perdida, nunca uma vitória definitiva.

Se você não morrer de acidentes (carro, avião, atropelamentos, assaltos, homicídios) ou de epidemias (tipo pestes) ou por endemias (tipo doença de chagas), ou de doença metabólica (tipo diabetes) ou de doenças cardiovasculares (tipo AVC ou acidente cardiovascular e ataque cardíaco), você sempre morrerá de câncer.

Claro, ainda temos contra (ou a favor) a tal herança genética. Você passa a vida comendo rúcula e morre de AVC porque suas “veias” não valem nada. Que pena, passou uma vida comendo comida sem graça e morreu na praia. E vai gastar dinheiro com hospital do mesmo jeito, ou, talvez, mais ainda. Sorry.

Logo, caro vegetariano, escapando de doenças cardiovasculares porque você evitou (religiosamente) gorduras supostamente desnecessárias, você pode simplesmente morrer de câncer porque deu azar com o pai que teve ou porque, no fim, tudo vira câncer, não sabia?

Um dia, esses maníacos da saúde total desejarão processar os pais por terem deixado que eles comessem coxinhas e brigadeiros quando eram crianças ou porque simplesmente tinham maus genes em seus gametas.

Sinceramente, não estou convencido de que viver anos demais seja muito vantajoso. Sem “abusar” da comida, da bebida, do tabaco, do sexo, das horas mal dormidas, não vale a pena viver muitos anos.

A menos que eu queira ser uma “freira feia sem Deus”, o que nada tem a ver com freiras de verdade, uso aqui apenas a imagem estereotipada que temos das freiras como seres chatos, opressores e feios , ou seja, uma pessoa limpinha, azeda e repressora.

Como diz meu filho médico de 27 anos, “nunca houve uma geração tão sem graça como esta, obcecada por viver muito”. Eu, pessoalmente, comparo esta geração de pessoas obcecadas pela saúde àqueles personagens de propaganda de pasta de dentes: com dentes branquinhos, cabelos bem penteados e com cara de bolha (ou “coxinha”, como se diz por aí).

Dei muita risada quando soube que alguns cientistas estavam relacionando câncer de boca à prática frequente de sexo oral. Será que sexo oral dá cárie também? Terá a vida sentido sem sexo oral? Fazer ou não fazer, eis a questão!

Essa ciência horrorosa da saúde total deverá logo descobrir que sexo oral faz mal, e aí, meu caro “pombinho da saúde”, como você vai fazer para viver sendo perseguido pela saúde pública? Talvez, ao final, não seja muito problema para você, porque quem é muito limpinho não deve gostar mesmo dessa sujeira que é trocar fluidos e gostos por aí.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Rock Buster no Papassoni 17/07/10

Papassoni! O novo bar rock de Bauru fica no Bela Vista ao lado da TV tem, no cardapio musical rock underground e alternativo, o público? As mesmas carinhas de Sesc, Armazém bar.




Julio, Rafael e Primo


Catarine e amiga


Aninha

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Swoon





Para ver mais http://www.newimageartshop.com/scripts/default.asp

Matt Furie


Cleon Peterson

Judith Supine

Date Famers

Deanna Templeton

Evan Hecox

Geoff Mcfetridge

Kime Buzzelli

Cat Cut

terça-feira, 13 de julho de 2010

Coletiva com João Bosco


Um dia antes de se apresentar no Alameda Qualit center (Bauru), Pude participar de uma coletiva no Hotel Howard Johnson onde João Bosco Falou sobre sua carreira.
Enpolgado, contou sobre ter sido apadrinhado por Vinicius de Moraes e Tom Jobim, além de suas canções ter sido representada por Elis Regina.

- Eu era apenas um estudante de engenharia, andando com esses ícones.

Além desses "detalhes marcantes" ele também mostrou-se orgulhoso ao ser convidado por uma big band na alemanha para cantar suas próprias canções. Nesse trabalho multi-cultural com músicos do mundo todo ele disse que deixou-se moldar como um interprete, mesmo sendo de suas próprias canções.
Ao ser perguntado sobre os novos talentos da "nova MPB" ele comparou a música com futebol, até porque estavamos em meio a clima de copa do mundo.

"Os novos talentos do futebol sabe quem foi Pelé, Tostão, Zico & CIa, na música os novos talentos também buscam referencias na "Seleção de 70" musical.

A medicina de Tchekhov (Folha de SP - 28.06.2010)


O escritor russo nascido há 150 anos tinha um sentido aguçado para a miséria concreta da vida humana

HÁ 150 ANOS o escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904) nascia. Médico, Tchekhov tinha um sentido aguçado para a miséria concreta da vida humana.

Partilho com ele de um grande ceticismo com relação à crença cega no progresso, tão comum entre os tolinhos de hoje em dia.

Qual a visão de mundo de Tchekhov? Qual é a marca profética (comumente referida na crítica especializada) dos autores russos do século 19 com relação à modernização? No caso de Tchekhov, contra o delírio de autossuficiência moderna, essa marca está na sua visão de que a humanidade vive contra um cenário infinito que ultrapassa cada um de nós e a cada “era histórica”, retirando-nos a possibilidade de avaliar o verdadeiro sentido de nossos atos.

Apenas aqueles que viverão 500 anos depois de nós poderão, talvez, ver algum obscuro sentido em nossas vidas.

Ao contrário dos “ocidentalizantes” (termo comum na Rússia do século 19 para descrever os que abraçavam o avanço moderno sem dúvidas), que se viam como donos do próprio destino, Tchekhov logo percebeu que a modernização seria apenas mais uma experiência, como tudo que é humano, de fracasso com relação à posse do destino.

Contra o ridículo orgulho moderno, ele vê que a modernidade seria uma série de encontros e desencontros com as eternas sombras do humano. Quais seriam as sombras “modernas”? Os ganhos sociais (a superação do “chicote”, como dizia Tchekhov, um descendente de servos) e técnicos (os ganhos da medicina no combate, por exemplo, à cólera, que tanto ocupou sua vida de médico de província) que cobrariam um alto preço (perda dos laços comunitários, mergulho na desumanização instrumental em busca de uma vida melhor, “bregarização da vida”), representado de forma cirúrgica em sua obra.

Esta paciência para com o obscuro sentido de nossas vidas é atípica em uma época como a nossa, marcada pela impaciência com o vazio da vida. Fingimos que sabemos o sentido de nossas vidas, vendo-o como sendo o “avanço” ou o “progresso” técnico, ético e social. Para cada avanço, um afeto se esvazia sob o dilaceramento das relações (burocratizadas) que se dissolvem no ar. Os afetos e não as ideias nos humanizam, e afetos não são passíveis de uma geometria do útil.

É exatamente da inutilidade dos afetos que fala Tchekhov em peças como “Tio Vânia” ou “Três Irmãs”, nas quais as pessoas são tragadas pelos avassaladores detalhes da vida numa marcha cega em direção ao desperdício da sensibilidade humana. Na peça “A Gaivota”, uma infeliz gaivota abatida torna-se metáfora de todo o drama: assim como é abatida uma gaivota (pelo diletante desejo humano da caça), somos todos abatidos ao longo da vida, por diletantismo do destino.

Entretanto, que os tolinhos de plantão não pensem que um grande anatomista da alma humana como Tchekhov pensaria bobagens como “se não matarmos gaivotas o mundo será melhor”.

É no confronto com as contradições internas da sua obra que podemos perceber que Tchekhov não era um “tolinho progressista” que acreditava numa humanidade higienizada de suas misérias morais.

No conto “O Homem Extraordinário”, um homem insuportavelmente honesto, reto e justo (o “insuportável” fica por conta da fala de sua esposa na agonia do parto) destrói a possibilidade da vida cotidiana, em nome de uma vida absolutamente ética: sem luxos, sem desperdício, sem abusos.

Este homem extraordinário dificilmente abateria gaivotas por diletantismo, mas, no lugar do diletantismo da caça, ele asfixiaria a respiração humana sob a caricatura morta de uma vida corretíssima.

No “Jardim das Cerejeiras”, uma família da pequena aristocracia rural russa empobrecida, dona de uma propriedade com um jardim de cerejeiras, perde a posse das terras para um descendente de servos, agora livre, burguês e crente no futuro. No lugar deste velho e inútil jardim será construído um loteamento de férias para a “classe média” vir com seu direito brega à felicidade e seu amor ao “futuro”.

Pois é ele, o habitante brega desses loteamentos, o herdeiro da Terra e dele será o reino dos céus.

sábado, 10 de julho de 2010

Jarrah Thompson Band (Austrália)


O Show foi no Armazém Bar (Bauru), nessa ultima Quinta-Feira 08/07/10. Estive lá e conferi o som performatico, cheio de tímbres e boas referências!!!

Desde o lançamento do aclamado álbum de estréia, "Stargazer" (2008), a música de Jarrah Thompson tem sido espalhada pelos quatro cantos da Austrália, através do apoio das rádios ABC e PBS, e de constantes turnês nacionais.

Da capital musical e cultural australiana – Melbourne - Jarrah mistura rock, blues, folk e experimental, criando sua própria marca registrada: um som forte, poderoso, único e cheio de energia, onde flauta e percussão se fundem ao som da guitarra rock/blues.

A performance da banda ao vivo é cheia de energia, e nos leva de volta aos grandes festivais de rock do final dos anos 60.
Jarrah Thompson dedilhou seu primeiro acorde aos seis anos de idade e alguns anos depois foi para os Estados Unidos estudar Performance Musical na “Las Vegas Academy of the Arts”.

Voltou pra a Austrália em 2001 e de cara foi apadrinhado por uma das lendas da guitarra mundial, Lobby Loyde.

A Jarrah Thompson Band chega pela primeira vez ao Brasil em julho de 2010.

Além de uma extensiva turnê de seis semanas, passando por seis estados e com 20 shows agendados, os australianos vão gravar, mixar e produzir seu segundo álbum em terras brasileiras.

“Esse novo álbum é muito mais pessoal, as músicas transmitem situações e experiências reais, enquanto que „Stargazer‟ surgiu basicamente de jams e experimentações. Estamos todos MUITO empolgados com essa viagem ao Brasil, não são muitas as bandas australianas que estiveram por lá” – revela Jarrah.

A música de Jarrah tem o poder de nos transportar para um tempo diferente, para um lugar diferente, e a melhor parte de tudo isso...

Ele está apenas começando!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A viúva e o cowboy - (L F Pondé)


NÃO GOSTO de arte como ferramenta de cidadania. Uma palavra que, com o tempo, passou a me encher o saco foi “cidadania”.

“Faixa cidadã” (faixa para motocicletas), “teologia cidadã”. Desta, então, eu não tenho a mínima ideia do que seja.

Talvez (arrisco uma hipótese, toda minha, mas inspirada no que poderia ser a defesa da “cidadania bíblica dos gays”), seja uma releitura da Bíblia a partir da “Queer Theology” (“teologia bicha”)? Ou seja, quem sabe Jesus e seus discípulos formavam uma comunidade gay e a traição de Judas teria sido uma crise de ciúmes porque Jesus preferia “meninos” como João. Humm…

Tem mais: “Pedagogia cidadã” (seria: “Não reprove ninguém, respeite os direitos dos alunos não saberem nada da matéria e permitam que eles construam as avaliações coletivamente”), ou “geografia cidadã” (no lugar de ensinar a localização dos países na aula de geografia, obrigue os alunos a saberem de cor a gloriosa história do sindicato dos boias-frias), ou “sexo cidadão” (deve ser sexo sem invadir a intimidade do/a outro/a!!).

Nem o coitado do Rousseau (e seus tarados jacobinos), que amava a humanidade, mas abandonou os filhos e a esposa, imaginou que levassem tão longe seus pobres delírios em suas caminhadas solitárias.

E o pior é a história do “voto cidadão” e “a festa da democracia para a qual o título é seu convite”. Sou obrigado a votar e ainda chamam isso de “direito cidadão”. Quer saber? Deixem-me em paz e não me obriguem a votar. Acho que o voto deveria ser facultativo no Brasil, como é na maioria dos países civilizados do planeta.

Mas eu dizia que não gosto desse negócio de arte como ferramenta de cidadania. Por quê? Porque faz da arte coisa de retardado.

Antes de tudo, nada contra o uso de arte nas escolas. Mas, é claro, a maioria de nós (incluindo a mim mesmo que não sei desenhar nem uma casinha) não é capaz de qualquer arte. Este papo de que “todo mundo tem uma competência que lhe define” é conversa mole de pedagogo de autoajuda.

Melhor logo dizer que o universo conspira a favor de todos os alunos e que basta se concentrar que você vira Da Vinci ou Shakespeare. A história do mundo, seja ela artística, política, econômica, social ou científica, sempre foi feita por alguns poucos seres humanos. A maioria nunca fez nada além de tocar sua vidinha medíocre e continua assim, afora a “publicidade cidadã”.

Num sábado de preguiça, eu e minha bela esposa assistimos na TV a um filme de cowboy, desses antigos nos quais homem é homem e mulher é mulher (que saudade…), com James Stewart, Rachel Welch, Dean Martin e George Kennedy chamado “O Preço de um Covarde”.

Nada deste papo furado de “filme cidadão”, onde as mulheres lutam com espadas para provar que são iguais aos homens (ou melhores do que os homens), ou heróis se emocionam diante de uma lagartixa em agonia ou lutam em favor de um país africano onde todo mundo é santo, menos os brancos interesseiros. Enfim, essa arte com compromisso social é sempre lixo.

O filme apresenta a vida como ela é: sem coerência, sem roteiro moral prévio, submetida ao acaso desarticulador de toda esperança vã. Rachel Welch é uma recém-viúva milionária. É pega como refém pelo bando de Dean Martin, condenado à forca, mas que é salvo pelo irmão James Stewart.

Este é um homem generoso que busca salvar seu irmão não só da forca, mas do desencanto com a vida que o levou ao crime. George Kennedy, xerife da cidade e apaixonado por Rachel Welch, é um homem honesto e virtuoso que irá corajosamente à caça do bando.

Dean Martin encontra na inesperada paixão entre ele e Rachel Welch o motor suficiente pra fazê-lo escutar o conselho de seu irmão: “Deixe a vida criminosa e vá fazer uma família”.

O xerife, quando consegue prender o bando, pede a mão da bela mulher, mas ela recusa, ainda que ele seja honesto e devoto a ela. Ela prefere o criminoso. Este, em claro processo de redenção, acaba morto (junto com seu irmão), destruindo toda a esperança.

Qual é a moral dessa história? Nenhuma. Ou, arrisquemos uma: a vida é cega.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Abutres



Alguns de nós, raramente estamos aqui
O resto de nós, nós somos nascidos para desaparecer
Como eu paro de ser
Somente um número
Como eu mantenho minha cabeça
Para não afundar


No último instante
Eu queria água, mas
Eu irei andar através do fogo
Se isso for preciso
Para me levar mais alto
Então, eu irei até o fim
Como eu faço
Quando o mundo continua
Me testando, me testando, me testando

(Vultures, John Mayer)

http://letras.terra.com.br/john-mayer/420179/traducao.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem gosta das putas


"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude", dizia o moralista francês La Rochefoucauld. "Moralista", em filosofia, quer dizer anatomista da alma e não alguém que cospe regras em nossa cara.
Hoje a hipocrisia é moeda corrente de grande parte da chamada crítica social. Neste caso, o vício não se vê como vício (o vício aqui é a má-fé em si), mas como consciência social, termo que descreve uma das maiores falácias chiques de nossa época. Quer ver?
Peguemos o caso do filme baseado em "A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água", [baseado no romance]* de Jorge Amado, e o debate ao redor da felicidade como "vida safada" ou realização livre do desejo que critica e expõe a hipocrisia pequeno-burguesa.
O personagem era um homem com vida medíocre e "respeitável". É comum criticar a chamada pequena burguesia por sua hipocrisia miserável: emprego medíocre, poupança medíocre, amor medíocre, cotidiano medíocre, em que todos são lobos desdentados, devorando uns aos outros num ritual de opressão mútua.
Quincas tem uma vida sem graça e uma mulher típica da pequena burguesia (infeliz, sem sexo, uma megera).
De repente esse homem "se revolta" e mergulha naquilo que muitos intelectuais de então (numa mistura de marxismo de folhetim e Sade popular) veem como crítica social: sua recusa da hipocrisia pequeno-burguesa se materializará num cotidiano de cachaça, mulheres, prostitutas, jogo, enfim, vida mundana.
Suspeito que, se a crítica social, conhecida como uma crítica fincada no tripé "gênero (feminismo e movimento gay) classe e raça", tivesse surgido há 2.500 anos, não teríamos Aristóteles, santo Agostinho, Shakespeare, Dostoiévski ou Kafka (para citar apenas alguns gigantes que teriam preconceitos de gênero, classe e raça).
Provavelmente, seriam todos monótonos, sem originalidade, castrados, chatos e medrosos, como todo mundo que teme essa turba da crítica social da nova esquerda, uma das piores farsas que já se arrastou pela Terra.
Por que estou dizendo isso? Porque, apesar de dizer por aí que personagens assim "são o máximo" porque caem na "noite de pobre", Quincas não se salvaria da crítica social hipócrita que domina parte do cenário "culto" contemporâneo.
Afora sua correta farra de pobre, ele é machista (faz uso das mulheres como objeto comprando as "coitadinhas" das putas -acredito que a maioria das putas escolhe essa vida porque gosta da coisa mesmo), "opressor" de sua "esposa vítima" para quem nega a "justa" satisfação de suas necessidades de mulher (ela seria uma vítima do desinteresse de um marido incapaz de amá-la tal como se "exige" dos casais) e alienado, sem questionar a "sociedade injusta que o gerou". Hoje em dia, o ideal estético da crítica social seria um Quincas castrado.
Outro erro é assumir a hipocrisia como traço "exclusivo" da pequena burguesia. A pequena burguesia tem um modo específico de hipocrisia. Mas maior má-fé é supor que criticar a hipocrisia da pequena burguesia seja superar a hipocrisia porque esta seria um fenômeno "de classe". Toda a "dialética da luta de classes" se resume na dinâmica que reúne a inveja (dos pobres) e o egoísmo (dos ricos) num rito ancestral de sangue.
A hipocrisia é um elemento intrínseco da dinâmica civilizada (como reconhecem os moralistas franceses, sem por isso fazer o elogio dela). Negar isso (o caráter universal da hipocrisia) é fundar um novo tipo de má-fé, mais falsa ainda, porque se traveste de pureza d'alma.
A necessidade da hipocrisia como elemento da vida civilizada se dá porque os seres humanos não se suportam plenamente. E não há como ser diferente. A "verdade" pode ser mortal na vida social. Alguns sobrevivem graças aos seus vícios, outros perecem graças às suas virtudes.
A força desse personagem não está em seu caráter crítico da pequena burguesia, mas sim em seus vícios (mulheres, bebida, jogos), sem perdão. Fazer dele um herói da "virtude política" seria como lhe dar um enterro "respeitável", pequeno-burguês, em vez de levá-lo, mesmo que morto, ao bordel, para "ver" suas deliciosas putas.

Milagre dos Peixes lV







Milagre dos Peixes mesmo foi Milton Nascimento ter ajuntado Herbie Hancok, Ron Carter e Pat Metheny (piano, baixo e guitarra, respectivamente).
A junção desses Emblemas do Jazz ficou registrada no disco "Angelus" do Milton, lançado em 1993.

01 - Seis Horas Da Tarde
02 - Estrelada
03 - De Um Modo Geral...
04 - Angelus
05 - Coisas De Minas
06 - Hello Goodbye
07 - Sofro Calado
08 - Clube Da Esquina nº2
09 - Meu Veneno
10 - Only A Dream In Rio
11 - Qualquer Coisa Haver Com O Paraíso
12 - Vera Cruz
13 - Novena
14 - Amor Amigo
15 - Sofro Calado

Nico Assumpção, Milton Nascimento, Pat Metheny, Wagner Tiso and Mazzola.

Milagre dos Peixes lll

http://www.youtube.com/watch?v=7QmiTjZutnU

No disco "samambaia" (1979) do Cesar Camargo Mariano e Hélio Delmiro a música Milagre dos Peixes esta com o nome "suite" porque o Cesar recriou melodias em cima da idéia da gravação de Milton. Só após essas "brincadeiras" que ele resolve tocar a original inteira a la "polca paraguaia".
Pesquisei mas não achei a "Suite" original do disco do Cesar, mas achei uma gravação no youtube, que por sinal não esta disponível para post, mas é só clicar no Link e conferir "suite" > Milagre do Cesar!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=7QmiTjZutnU

sábado, 3 de julho de 2010

As moscas livres - 14/06/10 L F Pondé.

SOU UM HEREGE: acredito mais em horóscopo do que nessa “ciência da sustentabilidade”.
Duvido desse personagem, “o ativista”, que mais parece uma mosca que voa sobre o desespero alheio. Confio na Cruz Vermelha, nos Médicos sem Fronteira, mas desconfio desse personagem.
Pergunto de onde vem essa grana toda. Hoje em dia ser ativista pode ser uma boa pedida para quem gosta de conhecer o mundo e aparecer na mídia como bonzinho.
Afinal, quem pagou a conta daquela “flotilha da liberdade” (que brincou com o estado de guerra continuo que o Oriente Médio vive há uns três mil anos)? Santa Klaus?
Imagina só que legal para o book de um ativista poder dizer “I was there”… Tem ativista que vai viver uns vinte anos por conta daquela viagem “humanitária”. Vai acabar pousando em campanha publicitária por aí.
Voltando a sustentabilidade. Claro que devemos cuidar da natureza. Uma coisa é impedir que uma fábrica jogue lixo no mar, outra coisa é calcular quanto uma pessoa polui o mundo em seu cotidiano e gerar impostos, leis, moral e espiritualidade em cima disso.
Quando se delira com demônios, o ridículo é visível. Mas quando o delírio vem regado a cálculos “científicos”, se torna invisível. A modernidade tem um fetiche pelo controle cientifico da vida, não resiste ao gozo da opressão em nome da ciência.
Como alguém pode conceber uma “ciência da sustentabilidade” sem a paranoia de uma gigantesca burocracia de controle dos detalhes da vida?
Controlar desmatamento é uma coisa, mas calcular gases emitidos por vacas ou número de voos individuais ou sapatos “não sustentáveis” é loucura. O ordenamento sustentável da vida se tornará um tipo de totalitarismo sem precedentes.
E aí chegamos à assustadora alma fascista da cultura verde. Cuidado com o que come, onde anda, como vai ao trabalho, como faz sexo. Não viaje de avião, não coma picanha, não enterre ou queime cadáveres. Não use sapatos, não use casacos (vistam-se com folhas de parreira, talvez?).
Como toda forma de fascismo, sempre se trata, ao final, de uma forma de ódio aos humanos reais, no caso, em nome do amor às lesmas.
Ninguém percebe a marca fascista da “ciência da sustentabilidade”? Sistemas totalitários não precisam ser sistemas centralizados, como no modelo do fascismo histórico. Nem tampouco o que importa é o “conteúdo ideológico”, mas sim a forma de controle cotidiano de hábitos considerados “poluidores da pureza” desejada.
Basta somar “dados científicos” à máquina gestora do estado e do mercado constrangendo o comportamento com leis, impostos e produtos. E, finalmente, somemos os “Kommandos” (os ativistas) que denunciarão os “poluidores” à gestão da pureza.
Aliás, um parêntesis: os nazistas devem estar festejando a proposta de alguns ativistas antissemitas (sim, eu disse “antissemita”, só tolinhos creem na diferença entre antissemita e antissionista) de boicotar a “cultura israelense”. Sei que vão dizer que “cultura israelense” não é a mesma coisa que “cultura judaica”, mas só os mesmos tolinhos creem nesta diferença.
Os “não sustentáveis” serão a bola da vez. Temo que um dia esses fascistas verdes chegarão a conclusão que (como diz um amigo meu bem esquisito) o canibalismo é a forma mais sustentável de viver.
Afinal de contas, qualquer coisa que comamos, estaremos ferindo criaturas com “direitos”. Provavelmente advogados verdes defenderão as vacas contra a opressão que sofrem dos carnívoros. Em seguida, será a vez das alfaces terem direitos.
O canibalismo verde pode ser a solução: a pior espécie (os humanos) que já pisou no planeta comerá a si mesma, num ritual macabro de autopurificação em nome da sustentabilidade total.
Por último, tenho uma confissão a fazer. No último final de semana cometi um ato desesperado contra o fascismo verde. Foi apenas um pequeno ato singelo que desaparecerá no oceano dos dias por vir. Queimei com meu charuto uma maldita mosca que voava sobre mim. Minha culpa, minha máxima culpa… Será que já existe alguma ONG denominada “Free Flies” (Moscas Livres)?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Travis Louie - Pop Surrealismo

Travis Louie pinturas vêm de desenhos minúsculos e muitos escritos em seus diários. Ele criou seu próprio mundo imaginário que se baseia na época vitoriana e eduardiana. É habitado por estranhezas humanas, seres míticos e sobrenaturais personagens que parecem ter tido seus retratos formais adoptadas para marcar a sua existência e lugar na sociedade. O segmento sublinhado que liga todos esses personagens, as circunstâncias incomuns que a forma que eles eram e como viviam. Algumas de suas origens são um mistério completo, enquanto outros são sugeridos. Um homem é amaldiçoado por uma cabra, um furry ser estranho é descoberto dormindo em um hedge, um controlador de motor parece que não consegue parar de vibrar em seu sono, um homem supera sua fobia de aranhas, etc. . . . Retratos usando técnicas criativas de pintura acrílica com lavagens e texturas simples em placas liso, ele é criado a partir de um universo alternativo que aparentemente podem ou não ter existido.
http://www.travislouie.com/































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