sábado, 21 de novembro de 2015

Não deveria se chamar amor

O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar nuvem
Porque muda de formato a cada instante
Poderia se chamar tempo
Porque parece um filme a que nunca assisti antes

Poderia se chamar la-bi-rin-to
Porque sinto que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar a u r or a
Pois vejo um novo dia que está por vir

Poderia se chamar abismo
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar horizonte
Que parece linha reta mas sei que não é assim

Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado

Poderia se chamar universo
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer: aventureiro

Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo



domingo, 15 de novembro de 2015

Faces que surgem em 3D são projetadas em um engenhoso sistema mecânico, que é comandado por programas no computador, a fim reproduzir o rosto de quem entra numa cabine e tira uma foto.



Paper Sculptures

Esculturas de papel são esticadas e perdem a forma!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Idade do Céu - Paulinho Moska

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu

Não damos pé
Entre tanto tic-tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu


domingo, 8 de novembro de 2015

Alto Mar

Pensamentos em alto mar.

Parte 1.
Me deixa ir, mas se eu não puder, não me deixe aqui.
Sou inquieto, estou sem teto, quero ser um arquiteto, não sou tão reto, mas desculpe-me a confusão,
Eu estudei o pó, o nada, o erro, a espada, o vazio e as paixões do coração.
Precisava ver o fundo, o oco,  o topo do chão, o mundo, 
E não contar com falsa ilusão que engana o bobo coração.
Conheci o sim e o não, o bem e o mal, o que é e o que não é. 

Almejo o "aristoi" : aquele que por si mesmo fica em pé.
Como uma esponja absorvi o tudo, o lixo e o ouro, as vísceras e o couro, a desonra e o louro.
O real me interessa, no ideal há cobiça, me estressa.

O sonho me guia e a fome me pilha, o coração todo dia acha o que apaixona, 
Mas eu sem eu sou um louco, sem alma, um oco.
Ascende minha tocha e me vem a tona, quebra no meio esse navio e liberta as fagulhas de André no mar bravio, na maré. Me espalha no mundo, banhando as crostas, onde o mar encosta.
Que seja suave e tranquilo, sem medo e vivo. 
Todos esses sorrisos esfuziantes, que seja completo e não apenas lampejos. 
Que dure o eterno e não apenas o "quase', desejos.
Me depositar no prazer de não precisar ser visto e nem louvado, me delicio no prazer de estar eu e o mar, o céu e o luar, banhado de estrelas e o bando de nuvens a voar. "Pra onde elas vão, eu não sei" 
Assim como uma luneta que vê mas não transporta, os mundos não percorre e assim não me importa. 
Um olho que vê, nunca será um corpo com uma consciência, que experimenta, Erlebinis
Nunca haverá de cercar a contingência, essa que a sorte bate reverência,
E assim, vivenciar o fracasso no amargo do erro, ou explodir de alegria na delicia e prazer do acerto, acelerando de som e vivacidade sem fim.
Estou acordado, todos dormem, eu vejo as molas e os princípios, a capa e os orifícios, por fim, o todo. 

Mas eu sou nada e cansado me deito, de vento sou feito.
Não, a lua não veio hoje, se ausentou, deve estar cansada das minhas falsas promessas de retidão e sanidade. Juras de amor e promessas de "agora sim, sem fim". 
- Mas que horror! Poderia pensar eu, nessa hora de desconforto, mal estar, desconfiança...
Nada não ... Apenas essas pequenas coisas sobre quem sou eu, o mundo, os outros , Deus, e o Universo, o que estamos fazendo aqui, nada de mais, só isso. 


Parte 2.
Me leva na mão. 
Mais por favor, acima dessa equação, desses esquadros, porque acima dessas convenções existem os cansados corações que almejam ultrapassar essa "dança lenta num quarto que queima", ultrapassar essa "tara narça" que teima em correr milhas e milhas pra se cansar de graça em querer bancar pose na praça pra quem é babaca e sem graça.
 Assim indo, não vai, mostra-me onde foi que eu enterrei aquele velho sonho de eu ser eu.
 Pago caro se eu ver o clarão iluminando a estrada, pago caro se eu avistar a fagulha de impulso a seguir o caminho que me conduzirá ao Deus Supremo criador do "Eu que há em mim".
Um espírito de exatidão
Um minimalista de pequenas e certeiras ações.

Mas que essas mesmas, reajam na mais alta infinita constelação,
Perto do seu coração,
Me faz jazz.

Projetos de voo terminam no chão, o sonho de voar continua no ar.





O Rei
O rei senta no trono e observa o caos, 
de onde espera-se que a sua doce mão pesada interfira.
Mas, quem pode me dizer aonde exatamente está o coração de um rei?

Na paixão das histórias ou nas histórias de paixão
No calor de uma nação ou no ouro do seu próprio coração.

Que Deus me livre de ser rei. 



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

anjo transvalorado

Anjo transvalorado segue seu rumo em qualquer terreno
passa pelo abismo da abstração
o universo que não compareceu,
flutua em ambientes onde mentes não comunicam almas,
por lá viveu, morreu e renasceu.
sem mácula vai profundo no hipocampo da civilização,
conversa com a história da humanidade
e volta pra interna visão do rosto do outro no indivíduo esquecido ou coroado.
do macro ao micro,  da teoria da relatividade a mecânica quântica,

Cultua o olhar que comunica almas,
Onde palavras são como barreiras.

Senta a cúpula dos poderosos
e come a mesa com os simples.

Quando emergido no caos e mazelas dos habitantes da terra,
Se alegra com solidão e o cosmos.

Quando seco e vazio do frio das galaxias,
se alegra com o vôo de uma andorinha.

Busca que a idade da alma seja a idade da terra.










terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sonda na órbita

   Deste modo, dos corpos subia pouco a pouco à alma que sente por meio do corpo, e de lá a sua força interior, a qual os sentidos comunicam o que é exterior.

É este o limite até  onde chega o conhecimento dos animais e, de novo,  dali à potência racionante.

A esta pertence ajuizar acerca das impressões recebidas pelos sentidos corporais. Mas essa potência,  descobrindo-se também  mudável em mim levantou-se até a sua própria inteligencia, afastou o pensamento das suas cogitações habituais, desembarcando-se das turbas contraditorias dos fantasmas, para descortinar qual fosse a luz que a esclarecia quando proclamava sem a menor sombra de dúvida, que o imutável devia preferir ao mudável.

David hume

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Andre Alcântara - Material

  


Nascido em Bauru 1979, filho de pais músicos e cantores, Andre Alcântara, muito antes de pensar em uma carreira musical, já vivia cercado de boas referências musicais e de amigos que o ajudaram a criar um universo capaz de antecipar uma escola da percepção e do bom gosto.
  No final dos anos 90, teve a oportunidade de conhecer o Sindicato do Jazz, composto na época pelo baterista Luiz Manaia (Ralinho), o baixista Lilo Zuim e pelo pianista Daniel Magalhães e Marcio Negri. Banda que atualmente acompanha o saxofonista Derico, do Jô Soares.


  Sua iniciação com música na noite foi em Jams Sessions promovidas pelo grupo Sindicato do Jazz ou mesmo acompanhando a banda no meio de uma responsabilidade gigante surge a necessidade de se adaptar a essas situações de improvisação e criatividade.

Em 2004 Morou nos Estados Unidos, onde também teve a chance de tocar em bares na cidade de Boca Raton - Flórida, além de acompanhar por algum tempo o curso de música na FAU (Florida Atlantic University) como convidado.


  Depois de acompanhar vários cantores e manter seus estudos musicais, desde 2009 surge a oportunidade de se entregar mais ao canto, e assim começar a dar uma cara a sua carreira, abrindo um espaço maior a um trabalho cantado quando foi convidado a trabalhar na empresa americana de cruzeiros Royal Caribbean, com um trabalho solo nas temporadas do Navio Splendour of the Seas no verão sul-americano e na Europa.
  Em 2012 morou em São Paulo e logo em seguida em Florianópolis, onde se apresentou em alguns bares dessas duas grandes metrópoles.



  Hoje, o trabalho de André Alcântara envolve a Influência do blues purista e moderno, como o do cantor John Mayer e o rock clássico de uma forma toda especial, com arranjos próprios e uma voz aveludada canta clássicos de Eric Clapton, Man at Work, Tears For Fears, Cris Isaac, Roy Orbison, e nunca esquecendo de sua Influência: o Jazz e o Improviso.
  Quando em terra, André tem feito apresentações em algumas capitais brasileiras, por própria aclamação de seu público formado no navio de cruzeiros, mais principalmente em São Paulo e na Região de Bauru, sua terra natal. 








Projetos atuais

André Alcântara Trio - Blues e Rock.

Projeto John Mayer - Projeto que faz tributo ao Músico e Cantor John Mayer.
Jazz - Um trabalho instrumental que mostra toda uma paixão ao início.

Projeto Solo - Só voz o violão, passeando por todas essas referências e todos esses trabalhos. 





Projetos em Outros Trabalhos / Outras Bandas


Banda Coletividade - Soul, Reaggae, Samba Rock - 5 Componentes
https://www.facebook.com/bandacoletividade

@bandacoletividade

Silly Boys in Blu - Trio classicos anos 90 Grunge

https://www.facebook.com/sillyboyblue
@silly3oy

Cat Jump - Duo pop rock
https://www.facebook.com/thecatjump

@thecatjump

Banda Âncora - São Paulo e Taubaté (Projeto John Mayer)



FAN PAGE
www.facebook.com/andre4lcantara

@andre4lcantara


Jazz com Derico e com a Splendour of the seas Quartet

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nightlife

VIDA NOTURNA
A vida noturna é recorte de um luxuoso veludo coberto de valentia real e azul. Ela brilha como jóias e resplandece no formigueiro e no formigamento de tons.
Alguns de seus brilhos são mais preciosos do que pedras preciosas, outros são apenas salpicos de bijuterias. A vida noturna parece ter nascido com todas as pessoas dentro dela, pessoas que nunca foram bebês, mas nasceram adultas, completamente independentes. Algumas dessas pessoas são maravilhosas e algumas outras são apenas cabides de uma espécie. Algumas experimentaram infortúnios incalculáveis ​​e algumas outras tiveram muita sorte ... Algumas pessoas brilham na noite ainda mais do que os seus próprios nomes na marquise. Alguns apostam em coisas certas, outros apenas tem uma inclinação a jogar. Na Vida noturna existem algumas garotas que dependem de encontrar otários para a sobrevivência e ha sempre algum otário que se acha experto demais, mas apenas quer ter dinheiro suficiente para ser capaz de se dar ao luxo de ser um otário. "Nighlife" tem uma música e uma dança no ar, "Nighlife" é Nova York, Chicago, San Francisco,Paris, Berlim, o alto da cidade ao centro, Harlem, por a fora ou em qualquer lugar que eles usem um lindo manto de veludo.
Duke Ellington - (trecho incluido na música Nighttonw, Lady Bright de Kurt Elling)




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