sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Ditador de mim

  Não é que eu não consigo ser, até posso ser isso se eu realmente encarnasse o figurino,
Mas eu paro e penso e vejo a sugestão de trilhar um caminho da qual eu não estou nem um pingo afim de.
  E a saltitante pergunta mais pura e verdadeira dentro de minhas entranhas é:
- Sera que eu quero isso? Ao invés de ser: 
-Sera que posso ser isso? 
  Sei que posso, mas depois me deparo com a resposta que definitivamente esta na cara, dando sopa: Não quero.
   Se eu quisesse, detonaria no roteiro, figurino e atuação desse papel de palhaço que, convenhamos, tem suas vantagens, Mas não vale toda essa ostentação.
   Mas novamente "pop" na minha mente a seguinte sentença: Eu não quero ser isso, simplesmente porque não quero fingir ser o que não sou, por princípios de autenticidade.

   Poderia ser o ponto final do dilema estabelecido no interno, mas dai então implode um dilema mais inflamável: não tem nada diferente (a vista) que conduza um caminho novo. Nenhum outro canal, teria que romper com essa avenida larga de convenções e quase que binaria, onde o mundo se define em duas sentenças generalizadas e enquadradas, sem atalhos e tentar abrir no facão e no peito um caminho exclusivo e personalizado.

 O risco eh grande, e , se perder na selva pode ser fatal, por isso todos preferem as picadas que outrora foram abertas que hoje se converteram em largo turbilhão. Não são muitas, mas estão la visíveis e palpáveis.

Meu Deus, porque me fizestes tao cabeça dura!
 poderia eu estar no largo do meu conforto, atuando e recebendo meu digno salário de safado enganador!
 mas não, minha consciência eh um ditador que me faz escravo do que eu desejo ser.
 assim me pede para não fazer o que eu não quero
 Veto, retalhações, solitária, choques, torturas, privação de sono e greve de fome.
 Assim me trata esse tao rígido ditador.

 Raro e Caro. O mundo precisa de mais "auto-sabotagem"
 




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