quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Norah Jones - The Fall



" Eu era uma alma antiga"


Revista Bravo: O fato de você ter se separdo do namorado que conhecia desde antes da fama ( o baixista Lee Alexander, músico da banda de Norah e do Little Willies) afetou o seu mais recente CD?
Com certeza. Tudo o que você vivencia acaba influenciando. Mas o disco não é um diário. Muitas das canções são inspiradas na minha própria vida, mas não todas. Eu também estou numa idade complicada. Sinto que todos os meus amigos da minha faixa etária estão experimentando mudanças na vida. Você nunca sabe o que vai acontecer.

Mais uma noite perdida, mas dessa vez tentei salvar a madrugada e deu certo, enquanto escrevia algumas palavras, ouvi por várias vezes o novo disco "The Fall" da cantora e instrumentista Norah Jones.
Em entrevista a revista Bravo do mês passado, ela confessa que o rompimento do longo namoro forjou adornos de rock ao novo disco, segundo ela.
Eu gosto de Norah Jones, e algum tempo atrás estaria eu praguejando o seu distanciamento do jazz. Como um bom "xiita jazístico" aprendi a detonar tudo o que não era jazz. Meu mestre e professor (marquinho vamp) que me perdoe, mas: Eu voltei a ouvir rock!!! Mas não qualquer rock. Aprendi a saborear os tímbres calibrados e valvulados de um bom rock britânico! Algo parecido com o som que a banda King of Leon anda fazendo, ( http://www.cdscompletos.org/rock/kings-of-leon-discografia/), esses tímbres remete todo aquele verdadeiro espírito do rock e dos filmes do diretor Guy Ritchie.
Quando Norah diz que está mais perto do rock, eu não consigo ver isso totalmente explícito nesse novo trabalho. Aliás esse disco "the fall" é um dos mais tristes, apenas duas canções são mais animadinhas. Lendo a entrevista toda, posso até arriscar dizer que ela deve ouvir mais o "rock" do que fazê-lo. Todos sabem que ela nunca foi considerada uma cantora de jazz pelos "xamãs do jazz", e, ao mesmo tempo ela não é uma pop star bunduda que lambe outras mulheres por puro "factóide", não ainda.

Acho que é por isso que eu gosto dela, porque de uma forma despretenciosa ela faz suas deliciosas canções sem se preocupar em ceder aos ditames da Indústria "Mass Músic", e por outro lado, elá não da a mínima para os xiitas do jazz. Entre esses dois extremos, a nossa baixinha estrábica, tramita pelo caminho do meio.

Dos três discos gravados, nenhum é igual ao outro. O primeiro é mais Cool-Jazz ao "molho" country, o segundo é puro tom waits com um tom "melodrama circence", e o terceiro é um mix de tudo que ela ja fez somado aos tímbres de guitarras carregadas de "efeiteiras", como uma suave pitada de rock.
Parece que a maior parte do seu público aprova essa metamorfose. Isso sem falar que ela é filha do indiano Ravi Shankar, músico que acompanhava os roqueiros "budistas light" da época "vamos todos fritar o coco com ácido" , (o pai dela ensinou um certo guitarrista de um certo quarteto de Liverpool a tocar sitar). http://www.youtube.com/watch?v=LzN2gUGYUGc (vídeo do papi)

Uma salada de citações e de épocas! Bem o que ela vive na alma hoje!

Eu aprovo! pois além de ser de bom gosto é o documento (registro) de uma fase de mudanças e consequentemente, sentimentos que revelam a queda (the fall) de referências. Pra mim ela ainda é uma das poucas artístas, com alma de um verdadeiro artísta das antigas.

O que é um verdeiro artísta?

Aquele que sabe ganhar dinheiro com a arte, ao invéz de fazer "arte" para ganhar dinheiro.

http://www.myspace.com/norahjones (ouça todas as canções de norah aqui).



(Clip completo aqui)
http://www.youtube.com/watch?v=uTxythHY09k




2 comentários:

flávia disse...

Ela tá muito lindinha, né?!

World Music and Cult disse...

Ela é uma graça, tímida.

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