quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Me deixe ver o seu fígado.

Filho me deixa ver o seu fígado
Suado, trabalhador incansável
Filho, sai dessa vida escrota, 
Arruma uma garota, faz essa barba rala e parte pra outra.

Filho, sua calça anda rasgada,sua regata manchada do pó dessa estrada
Filho, dessa vida näo se leva nada que você diz ter, 
A näo ser  no  largo das costas
aquele velho peso de carregar o seu cadáver pensante
e esse seu caráter de bosta.


Vire as costas e saia andando, sem me dizer obrigado
vejamos assim que legado tu herda
nesse seu caminho pífio, efêmero de merda

Mas filho, lembre-se, 
Näo se engane pela obra do seu delgado,
Ainda há tempo, 

 Deixe-me ver o seu fígado.




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